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VILÕES DO SLASHER E SUA CARACTERIZAÇÃO

  • Comunicação e Marketing
  • 25 de out. de 2022
  • 4 min de leitura

Por Alice Cristina Cavalcante

Colaboração Bianca Vieira

25 de Outubro de 2022


Durante o final dos anos 60 e anos 70, o imaginário americano era constantemente alimentado pelo medo causado devido à onda de Serial Killers que inundavam os noticiários. A resposta de Hollywood a esse medo foi a construção de um novo gênero do terror nas décadas seguintes, o Slasher. Este sendo consagrado com uma série de assassinos icônicos do cinema e lembrados até hoje.


Michael Myers (Halloween)


“Um rosto vazio, pálido, sem emoção e os olhos mais negros”. Foi a descrição dada por John Carpenter a um paciente de uma instituição psiquiátrica a qual visitou durante a faculdade. Esta seria a faísca original do que viria a se tornar Michael Myers.

No começo, Carpenter queria uma máscara que trouxesse “as características mais grotescas de um homem” para o personagem. No entanto, não havia como custear essa ideia. Assim, foi no filme francês Eyes Without A Face que ele encontrou sua inspiração. A máscara branca, sem traços que se destacavam, trouxe o imaginário da pessoa sob a máscara para a máscara em si.

O baixo orçamento de US $300.000 para o primeiro filme da franquia obrigou a equipe a procurar soluções criativas para e baratas para o desenvolvimento da máscara. Tommy Lee Wallace, o desenhista de produção, se utilizou então de uma máscara do Capitão Kirk, Star Trek, comprada em uma loja de fantasias por apenas US $1,95. Ironicamente, para Wallace, a máscara não parecia com ninguém em particular. Encaixando perfeitamente na narrativa criada para o assassino. Em 2014, Wallace demonstrou como criou a máscara original em uma entrevista para Sean Clark.

Fonte: Art of Costume


Jason Voorhees (Sexta-feira 13)


Um dos grandes nomes do slasher, Jason tem sua imagem diretamente relacionada a sua memorável máscara de hóquei, porém, ele não teve essa imagem desde o início. No primeiro Friday the 13th, Jason não é o protagonista, mas possui um visual chamativo por ser alguém com aparência deformada.

No segundo filme da franquia, Jason se transforma no protagonista e ocorre uma mudança em sua imagem. O personagem usa um saco de estopa com um buraco nos olhos para cobrir a cabeça. Entretanto, é no terceiro filme em que Jason começa a aparecer com a icônica máscara de hóquei, isso se dá a vontade dos roteiristas e do próprio diretor em fazer com que Jason tivesse sua própria máscara. Martin Jay Sadoff, supervisor de efeitos 3D, era fã de hóquei e foi o responsável por introduzir a máscara para o filme. Um novo molde foi criado a partir do equipamento, sendo adicionados triângulos vermelhos e perfurações.

Fonte: CNN


Freddy Krueger (A Hora do Pesadelo)


Ícone dos anos 80, conhecido por assombrar os sonhos de suas vítimas da rua Elm, Freddy é um assassino um pouco diferente de seus contemporâneos slasher da década de 80, como Jason Voorhees e Michael Myers. O motivo disso se explica pelo fato de Krueger não utilizar uma máscara, pois o diretor, Craven, queria um novo tipo de vilão para esse gênero de filme, ele queria alguém que não se escondia através de uma máscara, mas que, ao mesmo tempo, fosse aterrorizante. Sua marca registrada se concentra em sua composição, o chapéu, a blusa listrada vermelha com verde, a luva de garras e o rosto queimado.


Fonte: Ingresso.com


O desenvolvimento de seu famoso suéter se baseou na ciência em um artigo publicado em 1982 pela Scientific America sobre a combinação de cores mais abrasivas, que seriam o vermelho e verde. Para sua famigerada arma de assinatura, Craven optou por algo que fosse além do já imaginado como as armas brancas, por exemplo, ele escolheu uma luva de facas desenvolvida por Jim Doyle. Segue um esboço original realizado por Doyle:

Fonte: Art of Costume


Ghostface (Pânico)


Para idealizar a imagem do Ghostface, Cynthia Bergstrom (figurinista) e Wes Craven (diretor) encontraram sua inspiração no quadro “O Grito” de Munch. Cynthia, desde o esboço original, imaginou um figurino preto, contrastando com a máscara e somando a personagem um visual de ceifeiro. Craven, no entanto, estava mais inclinado a uma imagem de fantasma completo, inteiramente branco. Assim, a escolha final da cor acabou acontecendo pouquíssimo tempo antes do início das filmagens, graças a Mark Irwin (diretor de fotografia) que acabou, acidentalmente, encontrando o tecido perfeito. Irwin informou que com um jogo de luzes certo o tecido produziria um brilho semelhante à luz batendo em uma faca, o que foi o suficiente para convencer o Diretor.


Fonte: Art of Costume


O encontro com a máscara ideal, assim como o tecido, foi uma coincidência. Marianne Maddalena, a produtora, a encontrou em uma casa abandonada, pendurada em um poste. Após não fechar negócio com a empresa detentora dos direitos da máscara, Craven precisava produzir a sua própria. Greg Nicotero e Howard Berger foram escalados para essa missão. Tudo estava pronto para as filmagens quando a empresa detentora dos direitos da máscara original entrou em contato com uma proposta razoável. Assim, a máscara original entrava em cena.


Fonte: Phantasmagoria


Os detalhes na construção do figurino de cada um desses personagens com certeza os ajudou a se tornarem clássicos e memoráveis. E aí, vai visitar Haddonfield neste Halloween? Ou, quem sabe, o Acampamento Crystal Lake.


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