Viktor e Rolf
- Comunicação e Marketing
- 18 de abr. de 2019
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Viktor Horsting e Rolf Snoeren se conheceram no Instituto de Artes de Arnhem na Holanda. Tornaram-se amigos e a colaboração artística aconteceu naturalmente.
Em 1992 se formaram e logo migraram para França, e em 1993, foram destaque no Festival Internacional de Moda e Fotografia de Hyères, no qual ganharam três prêmios por sua arte vanguardista, que continha vislumbres de surrealismo e a presença de formas esculturalmente distorcidas.
Com seus designs marcantes a dupla conquistou renome fora da moda. Foram convidados a realizar exibições em grandes museus, como no Museu Metropolitano de Arte de Nova York (MET Museum), conquistando o respeito e admiração dos mais variados artistas do mundo.
Sempre inovadores, em 1999 em sua coleção de outono/inverno “The Russian Doll”, Viktor e Rolf proporcionaram ao mundo uma análise crítica da indústria do consumo. O conceito do desfile foi completamente repensado para que as ideias centrais de questionamento a respeito do ciclo da moda pudessem ser contempladas. Nessa coleção a única modelo que participou do evento, Maggie Rizer, ficou parada em uma plataforma giratória, enquanto os estilistas a vestiam com peças e mais peças de roupas. A princípio era possível ver a modelo e entender as formas do traje que continuamente cresciam, no entanto, com o acúmulo de tecido Maggie foi perdendo sua forma humana e tornou-se algo parecido com uma escultura distorcida. O desfile começou com um minivestido, depois houve o acréscimo de um par de sapatos, e no fim, a modelo era encoberta por dez camadas de roupas.

Ver as mãos criadoras dos estilistas ativamente trabalhando durante o desfile, contemplar o vício de criação, pois sempre é possível colocar algo a mais, e remeter tudo isso ao consumo desenfreado da sociedade, na qual a necessidade do novo e do acúmulo reverbera. Esses foram os maiores pontos de reflexão proporcionados por Viktor e Rolf nessa coleção, que foi capaz de reinventar estruturas artísticas já consagradas e criar novos meios de analisar e refletir.

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