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Negócios que transformam: O que são negócios de impacto social?

  • Comunicação e Marketing
  • 5 de jul. de 2019
  • 2 min de leitura



Negócios sociais são iniciativas financeiramente sustentáveis, de caráter social e/ou ambiental, que contribuem para transformar a realidade de populações menos favorecidas e fomentam o desenvolvimento da economia nacional. São geralmente geridos por pequenas empresas que trabalham em rede, fazendo parcerias de forma a fortalecer e ampliar o impacto de atuação do negócio, contribuindo também para o crescimento de outras instituições. O lucro, portanto, não é o principal objetivo de um empreendedorismo social, mas sim o desenvolvimento da sociedade, a busca por inclusão social, geração de renda e qualidade de vida, promovendo o crescimento sustentável de uma comunidade por meio de acordos, projetos e práticas que tragam desenvolvimento estruturado e crescimento econômico.

De acordo com um artigo da Veja São Paulo, no Brasil, o número de empresas de impacto social cresceram mais de 70% desde 2017. São empresas que atuam em áreas de educação, saúde, serviços financeiros, cidadania, cidades e tecnologias verdes que, apesar de não garantirem lucro imediato, guardam grande potencial econômico. A Vox Capital, por exemplo, é a principal gestora de investimentos de impacto do Brasil e, desde sua criação em 2009, já movimentou 80 milhões de reais por meio de recursos investidos no setor. Entrevistado pela Veja SP, Maure Pessanha, da Artemisia (organização não-governamental aceleradora de startups com foco na população de baixa renda), diz que este “é um processo complexo e com muitos desafios pela frente [...]. Se ONGs, políticas públicas e os negócios de impacto estiverem em sintonia, o benefício será para todos”.

São projetos que fazem a diferença, como a da Rede Asta: ao mesmo tempo em que promove um projeto de upcycling, produzindo a partir de resíduos que seriam descartados, a empresa se sustenta economicamente com produtos manufaturados por pessoas que residem em regiões mais carentes, incentivando e valorizando o trabalho de artesãs de todo o Brasil. Outro caso é o da Panosocial, também apresentada pela matéria da Veja SP, criada em 2014, que produz camisetas e ecobags, empregando egressos do sistema penitenciário. A receita gerada pela casa, entretanto, ainda não é suficiente para cobrir todos os gastos. “É preciso que haja uma mudança na legislação para que empresas como a nossa consigam algum abatimento nos impostos”, diz Natacha Lopes, uma das fundadoras da instituição. São empresas que abrem portas, criam oportunidades e que, num plano muito maior de impacto, transformam sociedades e apontam para mudanças necessárias ao sistema que hoje se vê em declínio.

Embora o conceito de empreendedorismo social seja muito aceito por sua proposta, as empresas que nascem dessa ideia enfrentam algumas dificuldades, sobretudo no setor de têxtil e moda. Segundo Hélio Matar, do site “Akatu consumo consciente”, a grande base desse setor é o conceito de fast-fashion, que possui um nível de pressão por redução de custos e por novidades que afetam negativamente as relações de trabalho, tornando-as pouco sustentáveis. Ultrapassar esses enclaves difundidos pelas fast-fashion é um dos desafios que os novos negócios com essa proposta social enfrentarão. Ainda assim, nesse mercado e indústria de moda, é mais que necessário as iniciativas que questionam as relações de trabalho já consolidadas, uma vez que trazem novas ideias de consumo consciente e de caráter social frente a essas características ultrapassadas.

 
 
 

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