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MATEOS QUADROS: O designer brasileiro que cria peças utilizando impressão 3D

  • Comunicação e Marketing
  • 5 de nov. de 2021
  • 3 min de leitura

Confira a entrevista com o estilista e detalhes sobre suas coleções!

Por: Gabriela de Bortoli

Colaboradora: Priscila Moreno Areco


05 de Novembro de 2021


O designer

Mateos Quadros (Porto Alegre/RS, 1996) é estilista, formado em moda pela Universidade Feevale de Novo Hamburgo/RS. É seduzido por processos criativos experimentais e tecnológicos alicerçados pela pesquisa, por vezes pelo acaso e, de certo modo, pela intuição. Acredita em sua profissão através da perspectiva da produção de sentidos, ou em outras palavras, de que a roupa é uma criação não efêmera, capaz de ressoar no tempo e nos afetos.


Atualmente trabalha como designer em projetos próprios, criando a partir da fruição entre o manual-punho e o digital-softwares esculturas corporais tridimensionais em polímeros termoplásticos.


Seu iniciar na moda


Seu contato inicial com a moda não é descrito com poesia, mas a atração e o fascínio: talvez. De família humilde, extensa e, de certo modo, habitante de uma cidade passageira, é o primeiro filho a sair de casa e, também, o primeiro dentre às irmãs com ensino superior.


De uma infância deslocada, desconfortável, criativa e reprimida, fez seu primeiro desenvolvimento dentro da moda, Criança Viada (2018), a partir de um conjunto de dez croquis e a materialização de uma das peças. Travava-se de um body confeccionado em malha rosa, seguido da intervenção orgânica de um recorte frontal em paetê reversível. Do punho das mangas compridas da peça e preso junto a uma espécie de pala nas costas se esvoaçava uma capa em formato de meio godê na cor vermelha. Essa capa, não somente carregava de forma figurativa a representação de uma heroica persona como também, a liberdade de expressão conquistada até aquele momento ou, ainda, a inconformidade com o passado.


Ali, através de um processo de escaneamento seguido por ilustração digital e sublimação, se estampava as fotografias dos rostos e silhuetas de outras quatorze pessoas que, assim como o estilista, viveram, aos seus modos, uma infância viada e, caracterizada, em sua maioria, pela contenção daquilo dado como desviante do esperado.


Desenvolvimento da coleção 3D e sua origem


"Tudo aconteceu durante o trabalho de conclusão de graduação em minha primeira coleção de moda que dei o nome de Interlúdio (2020)." Afirma Mateos. "Criei dez looks e materializei dois. Dentre estes, peças têxteis e, em sobreposição, esculturas corporais impressas tridimensionalmente em polímero sintético. Naquele momento, eu (quase filho de Björk), inventava um aparelho mecânico, similar a uma caixa de som, capaz de manifestar imagens a partir da reprodução/vibração de samples. Ali, se iniciava uma grande piração criativa em que buscava protagonizar meus próprios sons. Todo esse desejo me levou ao encontro e a remasterização de um VHS da infância (1996). Entre ruídos, vozes e gritos contidos na mídia analógica, instintivamente me deparei com a existência do vocal da minha mãe, no qual, de uma estranha forma, é o mesmo timbre ao que hoje conheço e referencio."



"Como um arrepio no peito, fui tocado pelos sentimentos mais viscerais possíveis e conduzi diversas experimentações com os vocais maternos manifestados e, assim, encontrei não somente uma série de padrões visuais que ressoam nas criações do agora como também, a forma da estrutura/silhueta das peças 3D que, ao meu modo, traçam e simbolizam a nossa ventral ligação."


Utilização tecnológica na moda


"Da mesma forma que acredito na criação dentro da moda através da desconsideração da necessidade em se atribuir uma definição quanto ao público-alvo, segmento e temporada, vejo na fruição da tridimensionalidade, ou ainda, na modelagem de polímeros termoplásticos, uma emergente e contemporânea ferramenta de trabalho. É através deste que, em comparação a processos unicamente manuais, por exemplo, se faz uma precisa representação criativa daquilo projetado junto ao software."


Facilidades de criar em software


"No âmbito digital se tem a facilidade de desfazer, modificar, encaixar ou de, até mesmo, compor as peças de diferentes maneiras, podendo assim, digitalmente, prever experimentações que possivelmente levariam mais tempo e custo em um contexto físico."


A última coleção de Mateos - Prelúdio (2021):

Coleção cápsula unicamente de peças 3D.



Suas referências pessoais no fazer tecnológico


@nusi_quero

@chet__lo

@irisvanherpen

@oxmanofficial

@auro.boros

@james.t.merry


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