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Crise na Nike

  • Comunicação e Marketing
  • 18 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura

Maior fabricante de roupa esportiva no mundo sofre com a queda de suas e ações e desinteresse do público.


Por: Letícia Sasaki


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A Nike, gigante mundial do vestuário esportivo, enfrenta um cenário desafiador após anunciar uma previsão de queda nas vendas para o próximo ano. As ações da empresa registraram uma queda expressiva de 20% nas operações pré-mercado na sexta-feira, dia 28, marcando a maior queda desde sua abertura de capital em 1980, refletindo a preocupação dos investidores com a saúde financeira da marca.

No centro das preocupações está a projeção da Nike de uma redução percentual de meio dígito na receita fiscal de 2025, um contraste marcante com as expectativas de crescimento anteriormente projetadas pelos analistas. Este anúncio não só impactou negativamente as ações da Nike, mas também pressionou os valores de rivais e varejistas de roupas esportivas na Europa, Reino Unido e EUA.

Tom Nikic, analista da Wedbush, comentou sobre o impacto contínuo que essas notícias podem ter sobre as ações da Nike, sugerindo que os investidores podem continuar céticos até que novas inovações de produtos sejam efetivamente implementadas e a confiança na administração seja restaurada.



Campanha Nike 2019: O melhor solo para turbinar suas ambições.


Em resposta à queda nas vendas, a Nike adotou medidas como a redução do número de fabricação de marcas com excesso de oferta, incluindo o icônico Air Force 1, como parte de um plano de corte de custos de 2 bilhões de dólares implementado no ano passado. Além disso, a empresa planeja lançar novas versões dos modelos Air Max e Pegasus 41 com entressola de espuma ReactX, visando aumentar a sustentabilidade e revitalizar o interesse dos consumidores por suas linhas de produtos.

Entretanto, a competição acirrada de marcas emergentes como Hoka, On, Asics e New Balance têm sido um desafio crescente para a Nike, reduzindo sua participação de mercado global. Segundo um relatório da RBC, essas marcas capturaram 35% do mercado global em 2023, um aumento significativo em relação aos 20% registrados entre 2013 e 2020.




Pegasus 41



Air Max


Além de encontrar dificuldades em competir com as marcas emergentes, a Nike enfrenta problemas em atingir seu público, consumidores demonstram menor interesse nos clássicos da marca, como Air Force 1s, Air Jordan 1s e Dunks. Jim Duffy, diretor da Stifel, destacou que a Nike tem perdido mercado não apenas para os jovens, mas também para adultos mais velhos, que têm adotado tênis para o trabalho e viagens, segmento que a Nike não explorou plenamente..

Internamente, a Nike também enfrenta mudanças significativas em sua estrutura organizacional, incluindo demissões em larga escala e mudanças na alta administração. A recente reestruturação visa focar recursos e energia em áreas críticas para a empresa, enquanto busca recuperar sua posição de liderança e inovação no mercado esportivo global.



Comercial "Just Do It" de Colin Kaepernick


A crise atual da Nike sublinha a importância de adaptação contínua às mudanças no mercado e às preferências dos consumidores. A empresa está diante de um período desafiador, onde a capacidade de inovar e responder rapidamente às demandas do mercado será crucial para seu futuro sucesso.

 
 
 

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