CONSERVAÇÃO TÊXTIL
- Comunicação e Marketing
- 22 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
A roupa enquanto documento histórico e sua preservação
Por Julia Pedroso Marcon
22 de Agosto de 2021
A roupa acompanha o desenvolvimento da humanidade desde o período
pré-histórico, de maneira a percorrer diferentes espaços e tempos. No entanto,
o ato de percebê-la como patrimônio documental surge a partir dos primeiros
estudos acerca da conservação de têxteis na década de 1960, momento
pós-Segunda Guerra e de grandes mudanças para a museologia.
O estudo da conservação de roupas na atualidade se apresenta como um
segmento bastante complexo e interdisciplinar que exige o conhecimento do
âmbito têxtil, museológico e também da moda. A prática tem como finalidade
manter a integridade física e visual de um objeto, removendo-lhe e/ou
acrescentando-lhe o mínimo de material.
O acervo têxtil é um acervo frágil e requer armazenagem adequada a fim
de atenuar o processo de deterioração. Dessa forma, um armazenamento
apropriado demanda espaço suficiente para a coleção e proteção desse local,
limpeza, controle de temperatura e umidade, boa ventilação e ausência de
pestes.

Entre os procedimentos realizados pelos conservadores-restauradores, é
possível mencionar a limpeza de superfície por aspiração, que tem como
finalidade remover a sujeira que possa estar prejudicando o tecido. O
equipamento é colocado sobre o têxtil, esse protegido por uma tela de náilon
que garante o cuidado com as fibras, e é movido na direção da trama ou do
urdume de maneira cautelosa ao longo da superfície. Uma escova macia pode
ser utilizada para auxiliar o processo, principalmente em peças que contam com
a presença de bordados.

Compreender a importância da roupa enquanto um documento dotado
de significado artístico, histórico, científico e social evita o desaparecimento da
memória vinculada a ela e por isso o trabalho da conservação têxtil se faz tão
relevante não apenas para a moda, mas também para o âmbito da cultura.
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