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A PREMISSA DO "COURO" ECO

  • Comunicação e Marketing
  • 13 de mar. de 2024
  • 2 min de leitura

Por: Beatriz Sampaio

13 de Março de 2024


O “couro” ECO começou a ser incrementado na indústria da moda com intenção de se apresentar como uma solução ecológica frente ao uso do couro de origem animal. Entretanto, a Lei 4.888, de 1965, proíbe que se associe o termo couro a materiais que não sejam de origem animal, tal como couros de poliuretano. Dessa forma, compreende-se que  inúmeras vezes os empreendimentos de moda usam do termo “couro” ECO de forma incorreta, relacionando-o a uma solução ambiental e proteção aos animais. 

O termo couro ECO quando devidamente utilizado, se refere a couros de origem animal, porém produzidos em formatos que diminuam os impactos ambientais, quando comparados a produção usual do couro. Essas alternativas ambientais incluem os processos de tingimento, redução da quantidade de água, substituição do cromo, metal pesado, por taninos e corantes à base de plantas. 


Figura 1- Couro Ecológico 

Fonte: Ecoaliza, 2023.


As imitações de couro ecológico, produzidas a partir de materiais sintéticos, como PVC e poliuretano, na realidade, são carregadas de impactos ambientais e distantes de uma solução ecológica sustentável. Os materiais que formam esses falsos-couros são derivados do petróleo, possuem baixa durabilidade, dispersam toxinas no ambiente e não são biodegradáveis. 

O processo de fabricação do PVC libera dioxinas, furanos e PCBs, resistentes à degradação natural, biocumulativas (penetram nos tecidos dos seres vivos) e tóxicas, o que podem causar câncer, disfunção no sistema endócrino, lesões no cérebro, entre outras complicações. Outro material muito utilizado é o poliuretano, também derivado do petróleo, é formado por uma camada plástica na superfície, que garante uma aparência similar e certa durabilidade, porém sua maior problemática é o descarte. A peça de poliuretano tende a durar cerca de 3 anos, após esse período ela perde suas características estéticas e de conforto, e, dessa forma, descartada. Os aterros recebem esses materiais, que não são biodegradáveis, além de liberarem no solo diversas toxinas que contaminam a região e lençóis freáticos. 


Figura 2- Jaqueta de Poliuretano 

Fonte: Popme, 2024.


 
 
 

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