“Le Naufrage”
- Comunicação e Marketing
- 7 de fev.
- 3 min de leitura
Iniciando o ano com um prato cheio para os amantes de estilo, na última semana (27 à 30 de janeiro) ocorreu em Paris a grandiosa semana de moda. Além de resgatar designers renomados na alta costura, os desfiles também abriram espaço para mentes debutantes no evento, como destacaremos o trabalho de Ludovic De Saint Sernin.
Por Kaio Antonio Bispo
07/02/2025

Içar velas
Ludovic nasceu em Bruxelas mas passou grande parte de sua vida morando em Paris, estudou na École Supérieure des Arts Appliqués Duperré e chegou a trabalhar em algumas marcas de prestígio antes da sua estreia na Paris Fashion Week, como Saint Laurent, Balmain e a grife belga Ann Demeulemeester. Em 2017 fundou a sua marca, destacando a fluidez de gênero e a sensualidade através de seus designs criativos.
Mergulhando com Jean Paul Gaultier
Consagrada como uma das casas mais importantes do “Haute Couture”, a marca de Gaultier também é reconhecida por suas parcerias de tirar o fôlego. Trazendo à tona os trabalhos de Gleen Martens, Simone Rocha e também outros designers, nessa temporada foi responsável por prestigiar Ludovic, que apresentou um grande show nas passarelas mesclando o estilo náutico da casa francesa com o seu olhar aguçado para enaltecer a beleza, intitulado de “Le Naufrage” (O Naufrágio).
Mar de sereias & ninfas
O desfile ocorreu no dia vinte e nove de janeiro e nos transportou para um mundo mágico. A passarela foi preparada para simular o ambiente subaquático de maneira enigmática, com longos tecidos suspensos que preenchiam a entrada e faziam referência às caravelas de navios, para engrandecer ainda mais esse contexto, looks criativos e com estruturas inusitadas foram apresentados na performance. Dessa forma, observamos um vestido envolto em cordas, espartilhos com lemes posicionados nos seios, texturas que remetiam escamas, babados como guelras e barbatanas, rendas como redes de pesca e até um penteado com um barco em miniatura.
Peças exibidas durante o desfile / reprodução: Daniele Oberrauch / Gorunway.com
Além do mais, a apresentação também contou com modelos exibindo espartilhos que deram um toque especial para à coleção e que foram incorporados na maioria dos looks. Para a parte complementar, a marca optou por resgatar as botas de couro clássicas dos piratas e também trazer gladiadoras que dialogaram bastante com o enredo. A maquiagem era minimalista, visto que os modelos deveriam aparentar uma pele recém-saída de águas salgadas, para isso, a equipe de beleza utilizou como artigo os olhos marcados e os penteados molhados, assim transmitindo de maneira clara o que o acervo de looks desejava simular.
Ao encerrar o show, o fundador da marca e Ludovic se cumprimentaram com um abraço, consolidando uma parceria que fez história na trajetória dos estilistas.
Veja todas os looks da coleção aqui: https://www.voguehk.com/en/article/runway/jean-paul-gaultier-ss25-couture-ludovic-de-saint-sernin/
Detalhes de algumas peças exibidas durante o desfile / reprodução: Daniele Oberrauch / Gorunway.com
Mais detalhes de algumas peças exibidas durante o desfile / reprodução: Daniele Oberrauch / Gorunway.com
Naufrágio ou mapa do tesouro?
Por mais que o nome da coleção faça referência a uma situação ruim, o show é muito mais do que um barco em ruínas, é de se reconhecer a maneira coesa de Ludovic para extrair materiais suficientes de um conceito e criar algo divertido a respeito da sua interpretação. Graças a essa sinergia inusitada, acreditamos que a parceria ajudou a alavancar as operações da marca e ressaltamos que para além das passarelas, as peças da coleção já são queridinhas entre as celebridades, visto que a artista britânica Charli XCX trajou um vestido da coleção na noite de premiação do Grammy.
Para além das semanas de moda, ficaremos atentos para as suas próximas criações, você acha que acabamos de presenciar o nascimento de uma nova estrela da alta costura? Queremos saber a sua opinião! E se gostou do texto, acompanhe a TramaJr no Instagram, TikTok, Facebook e LinkedIn!

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